Vamos falar sobre um dos principais problemas da saúde pública brasileira, o atendimento nas unidades de emergência hospitalares. Assunto muito debatido entre os profissionais de enfermagem, visto as condições precárias apresentadas na dos hospitais públicos pelo Brasil, não apenas pela falta de materiais, mas pela sobrecarga de trabalho. Vamos a um texto interessante compartilhado em nosso grupo que fala sobre o assunto.
"Cerca de 85% dos problemas de saúde podem ser resolvidos sem a necessidade de ir a um serviço de emergência ou pronto-socorro. O dado, do Ministério da Saúde, aponta que as unidades básicas de saúde, ou centros de saúde, como ainda são chamadas, são capazes de dar solução à maioria casos.
Mas, na prática, a população ainda procura, primeiro, a emergência hospitalar. Não há dados oficiais que atestem essa realidade.
Porém, várias pesquisas nacionais mostram que cerca de 80% dos pacientes que buscam um pronto-socorro são classificados como verde e azul – aqueles sem gravidade.
A recomendação é que sempre procure uma Atenção Primária, onde profissionais dirão se o problema será resolvido ali ou não. Ir direto a um pronto-socorro pode deixar o paciente esperando um tempo desnecessário, uma vez que casos mais graves sempre terão prioridade no atendimento.
É importante que o cidadão (ou usuário) procure uma Unidade Básica de Saúde, antes de ir ao pronto-socorro, para verificar queixas como dores de cabeça, dor de garganta e febre.
Queixas como dores de cabeça, dor de garganta, febre de até três dias e quadro inicial de dengue são alguns dos exemplos que são atendidos na UBS; e, mesmo que a pessoa não seja atendida no dia em que procurar o serviço, poderá esperar até o dia seguinte para ser atendida. Esperar atendimento em uma emergência por muito tempo pode agravar um problema, que seria simples, apenas por estar em ambiente com pessoas com quadros mais graves.
Atendimento
As unidades básicas de saúde funcionam com 50% das vagas para consultas agendadas e a outra metade é destinada às demandas espontâneas.
Por lá também é feita uma classificação de risco um pouco diferente daquela realizada nos hospitais. Na unidade, o paciente é atendido imediatamente ou com consulta agendada para dia e horário que não comprometa a saúde. A prioridade de atendimento é para gestantes, crianças com idade inferior a seis meses e idosos.
Os principais serviços oferecidos são consultas médicas, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para especialidades e fornecimento de medicação básica. Quando necessário um atendimento especializado, o paciente é encaminhado para Atenção Secundária, onde estão os ambulatórios das especialidades."
Cabe uma profunda interpretação sobre a somatória dos fatores que levam ao mau atendimento da população nas unidades de emergência de nossos hospitais, mas nitidamente se observa uma porcentagem expressiva de queixas da população sobre descaso de atendimento observado pela sobrecarga da demanda dos serviços X quantidade de profissionais. O quê se observa é uma nítida má interpretação da população sobre as características de cada unidade de atendimento. Problema maior, seria a ineficácia das políticas existentes sobre informar e educar a população sobre esta importante questão. A importância da correta triagem de tais problemas se faz importante e só deverá ser feita na unidade de atendimento básico a saúde. O trabalho de educação em saúde se caracteriza como questão essencial ao público leigo, sendo o profissional de enfermagem o elo de ligação principal deste público para os serviços de saúde cabendo ao ministério da saúde e secretarias estaduais e municipais um plano de médio a longo prazo nesta questão.
E você, concorda que melhoraria o atendimento com foco em tal questão?
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